Leituras de Portfólios
Leituras de Portfólios | Prêmio Ateliê da Imagem Melhor Portfólio 2017
Na segunda edição das Leituras de Portfólios, o Prêmio Ateliê da Imagem Melhor Portfólio foi para Virna Santolia, com a série Capilaridade. Os leitores convidados foram Caroline Valansi, Claudia Tavares, Daniela Dacorso, Daniella Géo, Joaquim Paiva, Marcos Bonisson, Patricia Gouvêa e Rony Maltz.
“A série CAPILARIDADE partiu de um recorte de acervo no meu trabalho comercial desenvolvido em vários anos, o passo a passo de transformação de beleza. Esses registros ilustram revistas especializadas e bulas de produtos, são fotos técnicas, que foram deslocadas e ressignificadas. No passo a passo as fotos mais importantes são as do início e final do processo com a modelo já transformada, maquiada e pronta para se apresentar da melhor forma para a sociedade. Aqui eu dispenso essas fotos e giro o meu foco para o que seria a sombra, as fotos do meio do processo. O que acontece quando essas mulheres estão se metamorfoseando na imagem que desejam ser?
Se desde os primórdios da pintura, reis e rainhas eram retratados da melhor forma, quando “a notícia de que a câmera podia mentir tornou muito mais popular o ato de se deixar fotografar” (SONTAG, Susan – Sobre a Fotografia,), as pessoas se preparam para serem fotografadas, principalmente mulheres, em CAPILARIDADE eu mostro esse momento, o da preparação”. comenta a artista que fará e exibição da série na galeria do Ateliê da Imagem em 2018 com abertura marcada para 26 de outubro.
CAROLINE VALANSI
Graduada em cinema e com Pós-graduação em Artes e Filosofia, completou seus estudos no Ateliê da Imagem e na EAV do Parque Lage. Trabalha com fotografia e artes visuais desde 2004. Pensa a imagem fotográfica como meio e não somente como um fim. Sua produção artística caminha entre o espaço coletivo e as histórias íntimas, trabalhando num fluxo transtemporal onde são borradas as fronteiras entre documento e ficção. Nos últimos anos temas como erotismo, sexualidade, feminismos fazem de sua pesquisa.
Organizou os eventos {|}XANADONA{|} (2016, A Galeria Gentil Carioca) e Feminismo e Feijoada (2015, CAPACETE). Fez residência no CAPACETE (Rio de Janeiro, 2015), Espaço Fonte (Recife, 2014), Terra UNA, (Liberdade, Minas Gerais, 2010), Residência Deslocamentos: Arte, vivência e Ambiente (Olinda, 2010) e Casa Tomada, Ateliê Aberto # 2 (São Paulo, 2010). Fez parte do coletivo OPAVIVARÁ! de 2007 a 2014.
Participou de exposições coletivas, como no El Parqueadero (Bogotá, Colombia), Parque Lage (Rio de Janeiro), no Museu Nacional (Brasília), MAM-RJ – Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro), Museu dos Dire itos Humanos do Mercosul (Porto Alegre), Centro Cultural São Paulo – CCSP (São Paulo), IAC – Instituto de arte contemporânea (Recife), Museu de Arte Contemporânea – MAC (Rio de Janeiro), MAP (Museu de Arte Postal), Auditório de Capitania das Artes (Natal), Associação Fotoativa (Belém) entre outras.
CLAUDIA TAVARES
Doutoranda em Processos Artísticos Contemporâneos pelo Instituto de Artes UERJ, Mestra em Artes pela Goldsmiths College, Londres e em Linguagens Visuais pela Escola de Belas Artes, UFRJ e formada em Comunicação Social pela Faculdades Integradas Hélio Alonso, Rio de Janeiro.
Como artista visual, utiliza as linguagens da fotografia e do vídeo. Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas em diversos espaços, tais como Espaço Cultural Sérgio Porto, Sesc Pinheiros, Galeria Murilo Castro (BH), Plataforma Revólver (Lisboa), 291 Gallery (Londres) e Galeria Tempo (Rio de Janeiro). Participou das Feira Internacional de Arte Bogotá 2009, SPArte 2012 e da Art Rio 2012 representada pela Galeria Tempo.
Suas exposições individuais são “Light Boxes”, 2001, 291 Gallery, Londres, “entre nuvem e vento”, 2007, Galeria do Ateliê, Rio de Janeiro, “Nós”, 2011, Espaço Sérgio Porto, Rio de Janeiro, “Branco Preto”, 2012, Galeria Tempo, Rio de Janeiro, “Vestida de infância”, 2015, Galeria do Ateliê, Rio de Janeiro; “Até”, 2015, Galeria Graphos, Rio de Janeiro. Ganhou 3o prêmio com o vídeo “BláBláBlá”, na 9o Bienal Nacional de Santos 2004. Publicou os seguintes títulos: 10 verbos, 11 imagens, 1 lembrança, edição de autor, a trilogia VAIEVEM Rio de Janeiro, VAIEVEM São Paulo e VAIEVEM Minas Gerais, Preto Branco, em parceria com Monica Mansur, todos pela Binóculo Editora, empresa que dirigiu entre 2008 e 2015. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.
DANIELA DACORSO
Formada em Comunicação Social com Pós-Graduação em Fotografia como Instrumento de Pesquisa em Ciências Sociais, Daniela Dacorso leciona no Ateliê da Imagem e trabalha como fotógrafa free-lancer. Foi professora do Instituto de Artes da UERJ e fotógrafa da Revista Isto é e do Jornal O Globo. Fotografou para capas de discos de diversos artistas, como Titãs, Marcelo D2, Planet Hemp, Caetano Veloso e Jorge Mautner, entre outros. Colaborou como fotógrafa para diversas publicações no Brasil e no exterior, como Guardian(UK), Liberation( FR), La Vanguardia (Espanha), Intro (Alemanha), Revista Vogue e Revista Bravo entre outros.
Realizou exposições individuais na Holanda (Netherlands Fotomuseum, Rotterdam), França e Brasil e participa da Coleção Joaquim Paiva de Fotografia/MAM RJ. Desenvolve projetos pessoais em fotografia e participa de residências artísticas, como o projeto “Civilização Sem Fronteiras”, residência fotográfica de três meses na China.
DANIELLA GÉO
Curadora e crítica de arte residente na Antuérpia, Bélgica e Rio de Janeiro. Doutora em Estudos Cinematográficos e Audiovisuais pela Sorbonne Nouvelle-Paris III (foco em Fotografia/Arte contemporânea). Foi curadora da 4e Biennale de Lubumbashi, R.D. Congo, da 5e BIP – Biennale internationale de la Photographie et des Arts visuels de Liège e de Black is beautiful, GRID – 3e Internationale Fotografie Biennale, Amsterdã. Entre suas curadorias recentes estão as exposições retrospectivas Charif Benhelima: Polaroid 1998-2012, MAC de Niterói e MON, Curitiba, e Roger Ballen: Transfigurações, fotografias 1968-2012, MAM-Rio, MON, Curitiba, e MAC USP. Daniela Géo é curadora associada do APT – Artist Pension Trust, NY. Escreveu para diversas publicações, entre as quais a American Encyclopedia of the Twentieth-Century Photography (Routledge, 2005). Professora da EAV Parque Lage, Rio de Janeiro, e conferencista convidada do HISK – Higher Institute for Fine Arts, Gent, Bélgica.
Inscrições esgotadas
Inscreva-se no workshop Fotografia Documental Contemporânea, com Daniella Géo
Início: 09/11 | qui | 18h30 às 21h30
JOAQUIM PAIVA
Fotógrafo e colecionador de fotografia brasileira e estrangeira. //Exposições recentes como fotógrafo: Maison Européenne de la Photographie-MEP, Paris junho a agosto de 2016; SESC Copacabana, Retrospectiva, 2013; Centro Cultural da Caixa, Brasil, 50 anos de Brasília. // Como Colecionador: exposição Coleção Joaquim Paiva e Coleções do MAM-Rio – junho a novembro 2016 // Publicou Coleção Joaquim Paiva MAM-Rio volume 1, 2014, e volume 2, 2016; e seu livro como fotógrafo Foto na Hora: Lembrança de Brasília, Centro de la Imagen, Cidade do México, 2013. // Dois terços de sua coleção encontram-se emprestados ao MAM-Rio desde 2005, devendo ali permanecer definitivamente. // Leitor de portfólios no FotoFest Houston desde 2000, a cada dois anos; e FestFotoPoa Porto Alegre, FotoRio, Paraty em Foco, Encuentros Abiertos em Buenos Aires, entre outros. // Residiu 20 anos em Brasília e 20 anos no exterior: Buenos Aires, Madrid e San Francisco, entre outras cidades. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.
MARCOS BONISSON
Artista e Mestre em Ciência da Arte (Uff). Nasceu e trabalha na cidade do Rio de Janeiro. É graduado em Letras e Pós-graduado em Arte e Cultura. Estudou gravura, desenho, fotografia e cinema na EAV – Parque Lage (1978-1981). Começou a trabalhar com fotografia e filme Super 8 no final da década de setenta e com vídeo nos anos 80. Participou da 27º Bienal de São Paulo em 2006. Publicou o livro Arpoador (Nau, 2011) e o catálogo Pulsar (Editora Binóculo, MAM, 2013). É professor de artes da EAV – Parque Lage, do Iuperj – Ucam e do Ateliê da Imagem. Suas mais recentes exposições individuais foram: Pulsar, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em outubro de 2013, e Arpoador, na Maison Européenne de la Photographie (MEP-Paris) em junho de 2015.
PATRICIA GOUVÊA
Nasceu em 1973 no Rio de Janeiro, onde trabalha. Artista visual, trabalha em fotografia, vídeo, instalação e intervenção urbana. Seu trabalho prioriza a fotografia e a imagem em movimento e suas possíveis interfaces, onde a noção de tempo constitui um dos principais eixos de pesquisa. Graduada em Comunicação Social (ECO/UFRJ), Especialista em Fotografia e Ciências Sociais (UCAM/RJ) e Mestre em Comunicação e Cultura na linha Tecnologias da Comunicação e Estéticas da Imagem (ECO/UFRJ). Entre 2005 e 2009 fez parte do coletivo Grupo DOC (Desordem Obssessiva Compulsiva), que promoveu dezenas de ações no Brasil e no exterior. Publicou os livros: “Membranas de Luz: os tempos na imagem contemporânea” (2011, Azougue Editorial), Imagens Posteriores (2012, Réptil Editora) e Banco de Tempo (2014, em parceria com Isabel Löfgren, edição das autoras), e participou de muitos outros.
Participou de dezenas de coletivas e realizou exposições individuais na China, na Itália, no Brasil, na Colômbia e Argentina. Em dupla com a artista Isabel Löfgren desenvolveu as pesquisas de longa duração Banco de Tempo (exposição, site e livro com edição independente) e Mãe Preta (exposição, site e publicação).
Foi uma das fundadoras da Agência Foto In Cena (1995/98) e do Ateliê da Imagem (1999), espaço cultural dedicado à pesquisa, reflexão e produção da imagem no Rio de Janeiro, no qual atuou como diretora artística até dezembro de 2013. É representada pela Bossa Gallery em Miami, Estados Unidos.
RONY MALTZ
Artista visual e professor de arte impressa, Mestre em Fotografia pelo ICP-Bard College (NY). Faz livros de fotografia e projetos multimídia que exploram as convenções do estilo documental e as fronteiras entre texto e imagem. Produziu e dirigiu o longa documentário Atafona, criou o projeto multimídia “Borges: Obras Completas” e a vídeo-instalação “Reading/Readers”. Seu trabalho foi exibido, recentemente, no DUMBO Arts Festival, International Center of Photography e MoMA P.S.1, em Nova York; e no Centro Cultural dos Correios e Centro Cultural Justiça Federal, no Rio de Janeiro. Produtor da Feira URCA de Fotolivros e curador da exposição Livros Possíveis, no Ateliê da Imagem (RJ). Toca a Abrasiva Produções. Fundou, em 2016, a editora {Lp} press.
Edição encerrada.