Esta série de trabalhos usa sistemas lógicos como o modo de construção de obras geradas automaticamente por softwares de manipulação de imagens. Inspiradas pela “instruction art” de Sol Lewitt e pelos experimentos de construções espaciais de Aleksandr Rodchenko entre outros fotógrafos experimentais, as fotografias apropriadas de diversos autores (conhecidos ou anônimos) são processadas por softwares de criação automática de mosaicos e geram uma alter-imagem da própria fotografia. A obra, agora composta de milhares de outras imagens captadas na internet por palavra-chave são o resultado deste procesamento eletrônico. As fotografias escolhidas para reprocessamento são representações de acúmulo: multidões, platéias, edifícios de grandes cidades, passeatas e estádios repletos de gente: situações de multiplicidade de senso comum a qualquer habitante urbano. Ao interferir eletronicamente nestas imagens de acúmulo e ao reconstruí-las com outras milhares de imagens, tomo uma direção de afastamento de real em direção a uma pós-fotografia, cujo referente não é a realidade mas a própria imagem. Desta forma, o conteúdo destas imagens deixa de ser representação e torna-se pura informação. Este confronto das diferenças entre imagens do mundo físico e a apropriação eletrônica produz obras que em última instância são espelhos de si mesmas.
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