Poderíamos falar de revelação de uma outra dimensão do cotidiano, de um lado oculto, maravilhoso e tenebroso, onde o risco de se perder vale a conquista de se achar como ser. E, para ajudar no caminho de volta de si para si, aí está o fio de Ariadne, de Dani Soter. Explícito, bordado, ou fluido, a escorrer por ralos raros na sua banalidade, às vezes refletido e fugidio, o vermelho – sangue, desejo, vida – nos guia por ambigüidades que diluem as fronteiras de ser, revelando o que também poderíamos ser. O que é, aí, não é mais apenas o que é por fora e para todos. É, sobretudo, o que é por dentro e para cada um. [Milton Guran] Fio de Ariadne inaugurou em fevereiro de 2006 na Galeria da Agência de Propaganda Leo Burnett, em São Paulo, e chega agora ao Rio na Galeria do Ateliê da Imagem. Dani Soter (Porto Alegre, 1968) é formada em Letras pela Universidade de Paris, Sorbonne. Seu trabalho envolve fotografia e vídeo e faz parte do acervo da Maison Europeénne de la Photographie (Paris) e mereceu o Prêmio Especial do Júri da VII Photographic Exhibition (Pequim, 1998) e da 9a. Bienal de Artes Plásticas de Santos (2004). É criadora e curadora, juntamente com Claudia Tavares, do projeto Figura (fotografia e arte contemporânea), que já teve nove edições. Em 2005, expôs na Mínima Galeria, no Rio de Janeiro, e no Palais de Glacê, em Buenos Aires, além de ter participado de coletivas no Centre Internacional d’Art Contemporain, em Nice (França) e no Centro Cultural Parque das Ruínas, no Rio de Janeiro.
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