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Fotografia e Bem Querer

O curso Fotografia e Bem Querer propõe uma reflexão sobre a fotografia documental humanista e a relação entre Comunicação e Direitos Humanos. Apresenta a experiência de Ripper desenvolvida ao longo dos últimos 12 anos na formação de fotógrafos populares e no exercício da fotografia compartilhada.

Carga horária

15h

Pré-requisito

Ter vontade de participar. Podem ser fotógrafos ou não fotógrafos.

Equipamento e material necessário

Nenhum

Objetivo

O curso tem como objetivos:
- Exercitar o olhar para si e para o outro, através do auto-retrato, da auto-representação e da foto de quem se ama;
. Discutir a fotografia como “bem-querer” e a importância política em divulgar a beleza das populações tradicionais como contraponto à “informação única”;
. Conversar sobre o direito de todas as pessoas – e não apenas dos jornalistas – de exercerem a comunicação como estratégia para quebrar os estereótipos;
. Apresentar de forma resumida alguns aspectos determinantes da linguagem e da técnica fotográfica, possibilitando até para quem não é profissional da imagem a participação nos exercícios práticos.

Ementa completa

Primeiro dia:
Breve apresentação individual dos participantes, acompanhada por um relato sobre a programação da oficina;
Apresentar a comunicação (e a fotografia) como um direito humano fundamental. Discutir a relação entre estereótipo e “história única”, a ocultação do Belo nas informações sobre as populações mais pobres, e a quebra da dignidade e o isolamento desses segmentos como estratégia hegemônica para manter o status quo;
Mostrar experiências de quebra de estereótipos e experiências de bem-querer. Exercitar o olhar autoral em busca do reconhecimento e aprendizado de valores;
Projetar fotos da agência Imagens do Povo e do trabalho com fotografia compartilhada que venho desenvolvendo;
Propor aos participantes da oficina que desenvolvam, ao longo do curso, um exercício com autorretratos, fotos de auto-representação e fotos de pessoas que lhes sejam queridas;
Exibição do vídeo “O Perigo da História Única”, com a escritora nigeriana Chimamanda Adichie:
http://www.ted.com/talks/lang/pt/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story.html

Segundo dia:
Demonstrar como a questão do estereótipo faz parte da história da fotografia: as fotos “limpas” de Roger Fenton na Criméia (1855) escondem os conflitos e introduzem a censura na reportagem fotográfica; as fotos de Mathew Brady mostram os horrores da Guerra de Secessão (1865), mas contam diferentes histórias; a fotografia documental da Farm Security Administration (Roy Stryker, Walker Evans e Dorothea Lange. Os fotógrafos Jacob Riis e Liwes Hine trazem a questão social do migrante e do trabalho infantil para ser discutida na sociedade.

Terceiro dia:
Apresentação dos trabalhos de fotógrafos humanistas como Cartier-Bresson, Eugene Smith, Josef Koudelka , Tiago Santana, , Sebastião Salgado, Don McCullin, Tatiana Alberg e Alexandre Sequeira;
Conversa sobre os auto retratos e das fotos de quem se ama que estarão sendo produzidas pelos participantes.

Quarto dia:
Realização do exercício “Meu Olhar Seu”, com trabalhos dos fotógrafos presentes divididos em duplas. Apresentação comentada dos trabalhos.

INTERVALO PARA IMERSÃO NOS EXERCÍCIOS SOLICITADOS

Os participantes terão 3 dias para terminarem a produção de seus ensaios fotográficos. Nesse período, dúvidas e questões poderão ser conversadas por telefone, email , Skype ou Whats app.

Quinto dia:
Os participantes retornarão para mostrar e comentar o resultado de seus exercícios de autorretratos e de acompanhamento da pessoa querida, resumindo em até 10 fotos cada trabalho;
Faremos uma edição coletiva do material produzido e projeção comentada das fotos;
Avaliação da oficina. Espaço para dúvidas e conversas sobre trabalhos individuais.