Exposições
Sertão Cerrado | José Diniz
Sobre o autor
José Diniz nasceu em Niterói e vive no Rio de Janeiro. Participou do curso de Pós-graduação em Fotografia na UCAM e dos cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e no Ateliê da Imagem.
Publicou o livro PERISCOPE em 2014 indicado pelos ICP, MEP, Lens Culture, dentre outros, como um dos melhores fotolivros de 2014.
Indicado pelo British Jornal of Photography como “One to watch in 2013” e pelos curadores do FOTOFEST em Houston como “International Discovery” em 2011. Em 2012 foi contemplado no prêmio FUNARTE Marc Ferrez de Fotografia.
Exposições individuais e coletivas no Brasil, Argentina, Estados Unidos, Portugal, Rússia, Uruguai, Holanda, dentre outros.
Trabalhos em coleções privadas e nos Museum of Fine Arts Houston, Green Library – Stanford University, MAM/Coleção Joaquim Paiva-Rio, Museu de Arte do Rio, MACRS, MAC Salta, Museo Franklin Rawson, dentre outras.
Texto crítico
Sertão Cerrado é fruto das inúmeras andanças de José Diniz na região do Cerrado brasileiro, bioma cuja intensa e desgovernada ocupação vem provocando impactos ambientais e sociais de proporções desastrosas. Considerado “berço das águas” por especialistas, é responsável pelos principais aquíferos e nascentes das bacias hidrográficas brasileiras.
Atento à região que cobre 25% do território nacional, o artista a explora exaltando os quatro elementos da natureza: água, fogo, terra e ar. Vertentes, Fogo cerrado, Terra roxa e Delicadeza bruta são os nomes dados aos livros de artista para cada um. A partir deles, as imagens se desprendem das páginas e tomam o espaço das paredes desta galeria, para assim podermos observar melhor como o artista particulariza a visualidade de cada elemento.
Vemos ainda Diniz impregnado dos personagens Rosianos, se lançando à Travessia da mata cerrada do Grande Sertão Veredas. Mais uma vez, o artista põe seu corpo em movimento na busca de imagens que traduzam sua experiência de deslocamento espacial, sem início nem fim definidos.
A pesquisa que Diniz vem fazendo sobre os suportes fotográficos só enriquece e afirma sua posição de artista habilidoso que aposta nas experimentações. Os ‘vivimentos’ de Diniz pelo Cerrado não se limitam às imagens fotográficas. Eles se adensam nas escolhas precisas de suas aparências.
Claudia Tavares