Exposições
Equivalentes a Bergson | Coletiva
Sobre o autor
Participam da exposição Ana Paula Albé, Ana Angélica Costa, Ana Dalloz, Angela Rolim, João Araujo, Luiza Burlamaqui, Greice Rosa, Rogério Reis, André Vilaron, Kitty Paranaguá, A.C. Junior, Valeria Costa Pinto, Patricia Gouvêa, Leonardo Ramadinha, Paulo Batelli, Marco Antonio Portela, Marcos Bonisson, Caroline Valansi, Denise Cathilina, Gabriela Lima, Ana Kahn, André Sheik, Luciana Whitaker, Thiago Barros, Isabela Lira, Gabi Carrera & Thais Berlinsky, Viviane Angeleas, Cesar Souza, Renata Mazzini, M.T. Ferraz, Marcos Dantas, Renato Índio do Brasil, Marcia Mello e Soledad Vinardell
Texto crítico
Trinta e seis artistas participaram da mostra EQUIVALENTES A BERGSONEquivalentes a Bergson no festival OFF Paraty 2011, organizado por Patricia Gouvêa, com o desafio de tentar refletir sobre o tempo, o conceito de duração, e a quebra da ideia de um fluxo imperturbável, paradigma newtoniano no qual se pensava ser verdade a linearidade do tempo. Discutimos imageticamente esses conceitos nos debruçando no pensamento do filósofo francês Henri Bergson. Agora, essa mostra vem ocupar as paredes da Galeria do Ateliê, trazendo ao público da cidade do Rio as reflexões e devaneios imagéticos propostos pelos artistas e pela curadoria.
EQUIVALENTES A BERGSON foi organizada pelo coletivo EQUIVALENTES que venho coordenando e que é composto por alunos e ex-alunos do Ateliê da Imagem, oriundos em sua maioria dos cursos Fotografia P&B – Processos antigos e contempoâneos e Proposta para uma exposição. Nossa proposta é alargar a possibilidade de ocupação no campo expositivo da arte.
Equivalentes a Stieglitz, nossa primeira ação, ocupou o saguão do Aeroporto Santos Dumont, durante o FotoRio 2011, e EQUIVALENTES A BERGSON estreou em uma casa de família alugada e transformada em galeria em Paraty. Nesta montagem na Galeria do Ateliê, estão presentes todos os trabalhos que passaram por Paraty: fotografias, vídeos e objetos.
Para resumirmos o que pretendemos refletir e debater nessa mostra, podemos ousar dizer que, enquanto o senso comum nos leva a pensar a fotografia como uma viagem ao passado, verificamos que ela, a fotografia, vem impregnada de futuro. Por isso, deve ser entendida para além do momento de sua captura, de seu nascedouro, indo ao encontro de um outro tempo – tempo esse que já carrega em si. Fotografia como amálgama de tempos.
Marco Antonio Portela