Exposições
Conversa de Tabacaria
Sobre o autor
Participam da mostra os seguintes artistas: Angela Rolim, Analú Nabuco, Célia Cotrim, Claudia Tebyriça, Claudio Roberto Castilho, Cynthia Dreyer, Grasiele Fernasky, Márcia Clayton, Marciah Rommes, Silvana Soriano, Sonia Távora, Teresa Stengel e Zula. Curadoria de Angela Rolim e Marco Antonio Portela.
Angela Rolim é natural do Rio de Janeiro, com exposições no Brasil e exterior, foi orientadora da oficina de gravura do Parque Lage. Atualmente dirige a oficina de gravura e pinhole do Projeto Impresso no Rio de Janeiro. Obras em Acervo: Museu Nacional de Belas Artes – RJ, Taller Galeria Fort – Espanha,Bienal d’Arte d’Alcoi – Espanha, Coleção Monica e George Kornis –RJ, Villa Pignatelli – Italia, Casa de Cultura Laura Alvim – RJ, Galeria Cândido Mendes Ipanema – RJ, Escola de Artes Visuais do Parque Lage – RJ, Pinacoteca do Estado de São Paulo – SP, Coleções Particulares.
Marco Antonio Portela é mestre em Ciência da Arte pela UFF. Artista Visual, curador independente, participou de exposições coletivas e individuais dentre elas: Sangue Novo no Museu do Bispo do Rosário; Séria Migrações na Galeria da UFF; O corpo inventado na Caixa Cultural de SP; Em torno do Entorno no Museu do Ingá; Elas na Galeria LGC. Têm obras em coleções como: Joaquim Paiva, Carlos Barroso, Revista ArteNexus (Miami, EUA) e Centro Cultural de Bellas Artes (Lima, Peru). Professor do Ateliê da Imagem.
Texto crítico
conversa de tabacaria*
angela rolim e marco antonio portela
AR No início de 2014, em bate-papos com artistas passei a refletir sobre Fernando Pessoa, e algumas considerações me fizeram pensar que poderíamos tê-lo como condutor de uma poética expositiva. E que deveria ser em fotogravura, afinal reconhecemos nele pontos congruentes com essa técnica: a multiplicidade e seus heterônimos, a edição e a reprodutibilidade, itens da essência da gravura.
Muitas possibilidades se apresentavam a cada momento.
Fonte Inesgotável!
MAP Interessante essa aproximação de vocês com o elemento motivador da pesquisa. Ouvindo você falar, e se Fernando Pessoa fosse um nome desconhecido, juraria que se tratava de um fotógrafo ou ao menos um artista gravador. Isso passa a justificar o uso desse espaço expositivo, uma Galeria dentro de uma escola de imagem.
AR Quando você topou fazer a curadoria desse tema com um caráter formal, para uma exposição de fotogravura, falei com os artistas, mulheres em quase totalidade e todos adoraram sua participação, afinal a participação direta de um cara que tem um percurso marcado pela fotografia seria estimulante e novo para todos os envolvidos, incluindo você, acredito.
MAP Realmente foi muito bom receber esse convite. No decorrer de quase um ano, entrei em contato com produções diversas, meios, suportes, poéticas incríveis. Isso foi ganhando um volume de produção e outros desafios, colocando todos em territórios inseguros, quase que andando sobre um lago congelado em finas camadas de gelo. Vejo agora o resultado final e como todos estão corajosamente se arriscando. Isso tudo não seria possível de ser tocado somente por mim, nossa parceria curatorial foi muito afinada e acredito que deu uma pequena contribuição para a realização dessa empreitada poética.
AR Realmente foi incrível, tivemos diálogos beirando a narrativa do fantástico. Os resultados são alucinantes e ver todos trabalhando no ateliê, dedicados, agitados, ultrapassando limites, expandindo a ideia da fotogravura a territórios inimagináveis.
MAP Um presente essa exposição e essa curadoria. Esperemos que todos os espectadores se divirtam tanto quanto nós dois nos divertimos curando. Vamos voltar para os artistas e suas obras?
* documentos e registros de um ateliê